Fontes:
1. Ronaldo Patriota! (BRAsil acima de tudo)
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ZATcDGarIUY" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
2. Revista Bibliot3ca! (tradução por: José Filardo)
http://www.fm-mag.fr/article/societe/reguliers-anglais-contre-liberaux-francais-1206
Unida da Inglaterra - Azul! ou Gran
Oriente (França) - Vermelha?! ...
Regulares da Inglaterra - capitalista! ou Libertares Francesa - comunistas/socialistas?! ...
Parece que há certa mistura entre estas duas linhas, que aparentemente são opositoras! ...
Gran UNIDA da Inglaterra! ...
Se "vosso arquiteto" é o mesmo Criador ONIsciente, ONIpotente & ONIpresente?!!! *
Porque mistificais e misturais síííímbolos do "Criador - Luz"!.! * "com outros" aparentes da "evolução - trevas"!?! *
POSICIONE-se!
Em Genesis 1.4, ao Criador o Universo, "nosso MAAAaravilhoso Arquiteto", {fez SEPARAÇÃO} entre o dia = Luz (sol para Governar o Dia! Síííímbolo da Justiça & Sumo sacerdote Eterno da ORDEM de Melquisedeque)!.! * O SR! J!-YeshuaH-YHWH-Ruach HakodesH, o Filho do D+++us Altissimo!!! * e ! ...
a noite = trevas (lua para governar a noite! Síííímbolo do assolador & Lucifer (anjo de luz que OUSOU ser igual ao Altíssimo! Esse, "pensa ser poderoso", porém a mulher (CORPUS CHRist/noiva fiel/virgens prudentes = boa oliveira - Lucas 21.25-37 e Rom 11), tem a lua sobre seus pés, até o Dia do SENHOR!.! *
COMO "rejeitaram o convite" para as {Bodas do Cordeiro & Tribunal de Cristo}, foram destinados ao "Dia da Ira, vingança do SENHOR"!?! * Passada a noite (trevas) ou literalmente 70ª semana de Daniel 9.27! ... Este GlOOOorioso Cavaleiro, em Seu cavalho branco, virá em socorro à {"oliveira natural" = figueira e grãos da areia do mar ou habitantes de Jerusalém}, destruirá com o "sopro da espada afiada que sairá da Sua boca e destruirá todos os rebeldes que {trocarão o "direito da vida Eterna", por pratos de lentilha e migalhas desse governante tenebroso}, que outrora já articula seu engenhoso acordo! ...
Regulares da Inglaterra - capitalista! ou Libertares Francesa - comunistas/socialistas?! ...
Parece que há certa mistura entre estas duas linhas, que aparentemente são opositoras! ...
Gran UNIDA da Inglaterra! ...
Se "vosso arquiteto" é o mesmo Criador ONIsciente, ONIpotente & ONIpresente?!!! *
Porque mistificais e misturais síííímbolos do "Criador - Luz"!.! * "com outros" aparentes da "evolução - trevas"!?! *
POSICIONE-se!
Em Genesis 1.4, ao Criador o Universo, "nosso MAAAaravilhoso Arquiteto", {fez SEPARAÇÃO} entre o dia = Luz (sol para Governar o Dia! Síííímbolo da Justiça & Sumo sacerdote Eterno da ORDEM de Melquisedeque)!.! * O SR! J!-YeshuaH-YHWH-Ruach HakodesH, o Filho do D+++us Altissimo!!! * e ! ...
a noite = trevas (lua para governar a noite! Síííímbolo do assolador & Lucifer (anjo de luz que OUSOU ser igual ao Altíssimo! Esse, "pensa ser poderoso", porém a mulher (CORPUS CHRist/noiva fiel/virgens prudentes = boa oliveira - Lucas 21.25-37 e Rom 11), tem a lua sobre seus pés, até o Dia do SENHOR!.! *
COMO "rejeitaram o convite" para as {Bodas do Cordeiro & Tribunal de Cristo}, foram destinados ao "Dia da Ira, vingança do SENHOR"!?! * Passada a noite (trevas) ou literalmente 70ª semana de Daniel 9.27! ... Este GlOOOorioso Cavaleiro, em Seu cavalho branco, virá em socorro à {"oliveira natural" = figueira e grãos da areia do mar ou habitantes de Jerusalém}, destruirá com o "sopro da espada afiada que sairá da Sua boca e destruirá todos os rebeldes que {trocarão o "direito da vida Eterna", por pratos de lentilha e migalhas desse governante tenebroso}, que outrora já articula seu engenhoso acordo! ...
É provável tb simbolize o rei do norte
de Daniel 11.29, 32-35, 40, 12.1-3 e 7, no aparente PARAlelo 66 (dos selos e
trombetas) de Apocalipse 6.10-13 & 9.13-20, que "combina" com a
descrição da Batalha de Josafá, ANTES, do Armagedom! (2 Cro 20 & Apo 12.6,
15, 17 e 17.3 e 9-14b)
Que o SR! YHWH tenha compaixão,
misericórdia & piedades dos Seus cHamados, &leitos e fiéis!.! *
Amor, fé, esperança, graça, comunhão, justiça e PAZ!
Amor, fé, esperança, graça, comunhão, justiça e PAZ!
Regulares Ingleses contra Liberais Franceses –
Um panorama atualizado da Maçonaria Mundial em 2016
Tradução José
Filardo
A Maçonaria pretende ser o “Centro de União”. Mas onde se encontra esse
famoso centro? Em Londres ou Paris? As duas principais tendências da maçonaria
mundial, que se divide entre “regulares” e “liberais” somam verdadeiras
rivalidades históricas, diferenças reais de abordagem espiritual, social,
simbólica, que, seja o que for que se pense, não estão perto de desaparecer.
Especialmente se os liberais parecem agora segurar a corda, é muitas vezes uma
reação contra uma maçonaria “inglesa” considerada
dogmática, separada do mundo, envelhecida.
por: Jean-Moïse Braitberg
Os Maçons acreditam em Deus? A Maçonaria é mista? Os Maçons fazem
política? Eles são progressistas ou conservadores? Os membros de muitas
potências francesas geralmente têm pouca dificuldade em responder a estas
perguntas básicas que parecem lógicas na paisagem maçônica francesa. Mas,
suponhamos que você seja membro de uma loja Inglesa ou afiliada à Grande Loja Unida da Inglaterra. Estas perguntas
parecerão absurdas a você, ou deslocadas na medida em que elas são estranhas à
visão de Maçonaria que ainda prevalece em grande parte do mundo. Porque no seio
da Maçonaria Mundial, não é um estreito Pas-de-Calais que separa ingleses e
franceses, mas um oceano de incompreensão que, se raramente se tinge de
hostilidade aberta, banhada da arrogância mútua de dois continentes
soberbamente isolados entre si.
Golpe de cinzel no contrato fraternal
Nessa rivalidade histórica e geopolítica, Londres sempre se prevalecerá
do privilégio da anterioridade. Se o inspirador das constituições Anderson
fundadoras da Maçonaria Universal foi Jean-Théophile Desaguliers, um pastor de
origem francesa, mas já muito inglês, é em Londres e no Reino Unido que as
antigas obrigações se espalharam entre 1700 e 1717. No entanto, foi apenas
duzentos anos mais tarde, em 1929, que a Grande Loja Unida da Inglaterra,
proclamou uma regra de vinte e cinco pontos dos quais o oitavo foi o golpe de
cinzel , senão de punhal no contrato fraterno que, bem ou mal admitia a
regularidade das lojas francesas e afiliadas desde 1728: “Grandes Lodges irregulares ou não
reconhecidas: Existem algumas chamadas potências maçônicas que não respeitam
essas normas, por exemplo, que não exigem de seus membros a crença em um Ser
Supremo, ou que encorajam seus membros a participar como tais em assuntos
políticos. Estas potências não são reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra como sendo
maçonicamente regulares, e todo o contato maçônica com elas é proibido. ” As
lojas filiadas à GLUI, e mais especialmente as lojas americanas e canadenses,
que também já havia mantido relações amigáveis com a maçonaria “continental”
foram mais lentas em adotar a mesma atitude sectária. A ruptura entre as duas
maçonarias não foi definitiva até o início dos anos 1960. O fato é ainda mais
incompreensível que sobre o mérito, a exclusividade proclamada por Londres
aplica-se tanto às potências e lojas deístas como as da Grande Loja de França
ou do Direito Humano que trabalham sob os auspícios do Grande Arquiteto do
Universo, quanto a aquela que fazem da liberdade absoluta de consciência a
pedra angular de sua filosofia.
É verdade que no que diz respeito à Federação Internacional du Droit
Humain, que possui há bastante tempo lojas em países dominados pela GLUI, a
loja mista é um dos principais motivos para o não reconhecimento, ainda mais
inaceitável que a liberdade de consciência. Se somarmos a essas diferenças a
visão política ou social que certas lojas liberais defendem, não faltarão
motivos para explicar a fratura que atravessa a maçonaria mundial. Mas tanto
quanto razões ideológicas ou filosóficas, esta divisão é o resultado de
circunstâncias geopolíticas ligadas à respectiva influência da França e da
Inglaterra no mundo desde o final do século XVIII.
O papel da maçonaria francesa no desenvolvimento das idéias liberais na
Europa havia desafiado os britânicos e estes puderam constatar o efeito dessa
propaganda. Em primeiro lugar, na América por ocasião da expedição do maçom
Lafayette, depois na Irlanda uma geração mais tarde. A grande revolta dos
patriotas irlandeses de 1798 que foi afogada em sangue tinha tido como líder
Wolfe Tone, um republicano liberal de religião presbiteriana que não sabemos se
foi iniciado, mas de quem uma loja do rito irlandês tem seu nome. Vestido em uniforme
francês, ele estava no navio comandado pelo maçom e corsário Jean-Baptiste
Bompard cuja tentativa de desembarque em Donegal terminou em um fiasco. Esta
foi a época em que como uma reação contra a maçonaria do Iluminismo, os mais
conservadores dos protestantes irlandeses criaram a ordem para maçônica de
Orange. O antagonismo entre duas visões de maçonaria era parte da história. A
animosidade inglesa em relação a tudo que vinha da França, já grande, é
reforçada nos anos seguintes diante de Napoleão I e seu Areópago de marechais
maçons que pretendiam colocar a Europa sob um golpe regulada por um imperador
coroado pelo papa … a quem o maçom “inglês” Blücher fez vomitar na planície de
Waterloo.
Duas religiões, duas legitimidades
Não se pode nunca destacar suficientement a importância da questão
religiosa na diferença que opõe a visão do mundo anglo-saxã à visão de mundo
latina e, especialmente francesa. Mas aqui, ela é menos diferença doutrinária
entre católicos e protestantes que visões de mundo, resultantes de diferentes
sistemas de fidelidade. No Reino Unido, cuja história é tão sangrenta quanto a
da França pelas guerras religiosas, é a rainha ou o rei que incorpora a
legitimidade política confundida com a legitimidade religiosa. A Maçonaria,
cujo surgimento no final do século XVII foi também uma empresa para reunir
aqueles que estavam dispersos em excesso de conflitos religiosos, naturalmente
se alinhou sob a coroa simbolizando a unidade do país. Tradicionalmente, e até
hoje, são príncipes de sangue real que dirigem, pelo menos simbolicamente, a
Maçonaria Inglesa. Foi o mesmo na França até a Revolução, primeiro, e depois
sob Napoleão, e sob as duas restaurações que se seguiram. Até a Segunda
República, as condenações papais tiveram pouco efeito sobre o ingresso de
católicos, incluindo muitos religiosos na Maçonaria. Neste contexto, a figura
eminente de Joseph de Maistre, um fervoroso Católica que desprezava a República
e também propagador na Europa do Rito Escocês Retificado, ilustra essa
distorção. Entretanto, com a evolução autoritária do Segundo Império
concomitante com mudanças sociais trazidas pela Revolução Industrial, a
Maçonaria francesa mudou gradualmente de face. Anteriormente monarquista,
católica e aristocrática, ela gradualmente se torna popular, pequeno-burguesa,
republicana, senão protestante e judaica, pelo menos amplamente aberta às
correntes liberais dessas duas religiões. Isso foi verdade tanto para a Grande
Loja de França quanto para o Grande Oriente de França. No entanto, esta
evolução liberal, se não libertária, foi parada por dois eventos, aparentemente
independentes, mas que de fato imporia à Maçonaria francesa uma nova aliança
legalista. Em primeiro lugar, o esmagamento da Comuna de Paris na qual estavam
envolvidas lojas parisienses obreiras, foi amplamente aprovado pelas lojas
republicanas burguesas do Grande Oriente de França. Então, em 1877, o abandono
pelo GODF da referência ao Grande Arquiteto do Universo, consagrou a
preeminência da potência enquanto “Igreja da República”, dando aos seus membros
um papel de Cavaleiros Templários seculares que eles assumem com zelo até
nossos dias.
É assim tanto uma briga doutrinária quanto um conflito de legitimidade
que levou a partir de 1877 a uma ruptura de fato entre o Grande Oriente da
França e a Grande Loja Unida da Inglaterra. Conflito ainda mais marcado pelo
fato de que a época era de expansão colonial. E nós sabemos quanto a Maçonaria
operava tanto para o poder colonial francês quanto para o papel do Império
Britânico, como um traço de união com as elites locais. Como zelosos
missionários, funcionários e militares maçons de ambas as margens do riu
delimitaram suas respectivas zonas de influência como fizeram na África após o
incidente de Fashoda. Para as obediências francesas as possessões na África,
Indochina e do Pacífico. Para a GLUI a Índia, Oriente Médio e suas colônias
africanas. A América do Norte, embora já adquirida pela GLUI permaneceu ainda
aberta por muito tempo às relações com a maçonaria liberal, enquanto a América
Latina, constituída por Estados soberanos teve o prazer de conciliar as duas
influências, mas com uma preferência, por vezes, pela visão liberal.
Assim, o mapa da maçonaria mundial fora da Europa foi delimitado a
partir do final do século XIX. E iso até a descolonização. Essa teve, primeiro,
o efeito de eliminar a Maçonaria de territórios onde ela não estava
estabelecida somente entre os colonos e expatriados ou entre uma franja fina
das elites ocidentalizadas. Este foi o caso para as lojas francesas em todo o
Magrebe, bem como na Indochina onde tudo o que era maçônico foi de barco para o
exílio e a derrota. Para os ingleses, foi a ascensão do nacionalismo árabe que
em seu auge depois de 1956, varreu as poderosas potências maçônicas egípcia e
iraquiana. Somente resistiriam para os liberais as maçonarias da África negra e
de Madagáscar e para a “regulares” a maçonaria indiana, ainda que muito
reduzida desde os dias de Kipling, permanece até hoje a única maçonaria de
alguma importância na Ásia.
“Guerra Fria” entre maçons
Se este quadro, traçado apressadamente permanece ainda atual em termos
gerais, ele sofreu desde os anos sessenta a uma série de alterações que
modificam um pouco as suas perspectivas. De particular interesse é a crescente
influência da Grande Loja Nacional Francesa, que defende os interesses da GLUI
sob a bandeira francesa. Mais uma vez, é preciso fazer um pouco de geopolítica.
O rito inglês no estilo Emulação introduzido na França em 1901, na Loja
Anglo-saxã, criada dentro da Grande Loja de França tinha uma influência muito
limitada até depois da Segunda Guerra Mundial, quando sob a influência de
muitos maçons americanos presentes nos quadros da OTAN, foi criada a GLNF
reconhecida imediatamente como regular pela GLUI. Até então, ao contrário dos
ingleses, os maçons americanos mantinham relações cordiais com seus irmãos
franceses. Mas a decisão do general de Gaulle de se retirar da OTAN, quando as
bases militares deixaram o território francês em meados da década de 1960 levou
a uma verdadeira guerra fria entre maçons franceses, todas as potências
combinadas, exceto a GLNF e maçons do mundo anglo saxão.
A famosa “arrogância” francesa foi na época qualificada de criptocomunista,
epíteto com que foi presenteado o Grão-Mestre do GODF, Jacques Mitterrand, por
todos aqueles que, na maçonaria francesa e internacional reprovavam a
politização da potência. Entenda-se isso como progressista. Esta reputação
colou-se de uma vez por todas à obediência da Rue Cadet e foi, portanto,
possível, ao abrigo de regularidade e ortodoxia do rito, talhar-lhe algumas
pedras brutas em seu jardim africano. Assim, enquanto que, por tradição e
também pelo jogo político, a maioria das lojas da África Negra permaneceram na
órbita do GODF após a independência, vimos aqui e ali, principalmente no Gabão,
aparecer potências nacionais ligadas à GLUI, mas apoiadas, se não sustentadas
pela GLNF.
Aqui se coloca a questão de difícil compreensão para o profano, da
relação entre rito e potência. Se a diferença entre “regular” e “liberais” se
limitasse apenas ao rito, ela não teria razão de ser. O que é comumente chamado
de ritos ingleses, isto é, os chamados Emulação e Rito de York, que são os da
GLNF, são praticados por algumas lojas do Grande Oriente de França e do Droit
Humain. Além disso, o antigo Grão-Mestre do GODF Alain Bauer é um alto
dignitário do Rito de York no seio da obediência. Da mesma forma, o rito
escocês antigo e aceito (REAA) quase desconhecido no Reino Unido, e muito menos
na Escócia, é praticado por algumas lojas americanas e de uma forma quase
exclusiva pela Grande Loja de França e do Droit Humain. A mesma situação vale
para os altos graus cujos capítulos em todo o mundo, obedecem à mesma
distribuição geopolítica que as lojas simbólicas.
Os “Regulares” majoritários, mas em declínio constante
Isto pode parecer absurdo e, em princípio, contrário ao espírito da
Maçonaria, cujo principal objetivo é reunir o que está espalhado. No entanto, é
ela que, ainda hoje, desenha a paisagem maçônica mundial e ainda mais nas
próximas décadas vai decidir o futuro da maçonaria em geral. Não nos enganemos:
em nível global, a maçonaria não para de declinar desde os anos 1960. Para isso
pode-se encontrar muitas explicações, mas não se saberia analisar o fenômeno,
sem levar em conta a especificidade da Maçonaria “regular”, ali onde ela era
mais poderosa, ou seja, no mundo Anglo Saxão. Se tomarmos o exemplo dos Estados
Unidos, os maçons que encarnaram até a Segunda Guerra Mundial, as ideias
fundamentais da democracia americana, gradualmente abandonaram qualquer pensamento
social, em favor de uma visão conservadora, congelado, antiquada da sociedade
americana. Tudo o que esta última fez evoluir na segunda parte do século XX
foi, se não combatido, pelo menos, ignorado pelas lojas. A emancipação dos
negros, embora ainda existam batalhar a vencer, já é uma realidade na sociedade
americana, embora brancos e negros tenham uma maçonaria separada com base no
princípio da segregação. O lugar da mulher na sociedade americana,
provavelmente o mais avançado do mundo ocidental, ainda é um tabu na Maçonaria
estadunidense onde lojas mistas estão ausentes e lojas femininas quase
inexistem. Finalmente, a questão do reconhecimento do fato homossexual não só
está a milhares de quilômetros das preocupações das lojas americanas, mas certas
entre elas, como recentemente no Tennessee, pronunciaram-se abertamente em
favor de medidas discriminatórias contra a comunidade gay.
A isso se soma uma prática maçônica muito estranha que se transforma a
iniciação em uma espécie de trote e a frequência às lojas uma formalidade
social. Na verdade, durante as aulas de um dia, cerimônias de um dia inteiro,
que os candidatos ingressam e passam pelos três primeiros graus, antes de
prosseguir em uma carreira maçônica nos altos graus de maneira quase tão rápida,
pontuadas por três ou quatro sessões realizadas por ano.
Distante das realidades da sociedade, envelhecida, reduzida a uma
atividade de clube de serviço, a maçonaria americana, que teve quase quatro
milhões de membros nos anos 1950 não contam hoje nem com a metade disso. E,
ainda, este número inclui todos aqueles que em um momento ou outro foram
iniciados. O número real de membros da Maçonaria norte-americana seria mais
perto de duzentos mil membros, em sua maioria com idade superior a setenta
anos.
Esta situação não é muito diferente no Reino Unido, onde a maçonaria,
antes emblemática de um certo modo de vida britânico, está em declínio
constante. Certamente, os rituais são praticados ali de maneira mais séria do
que nos EUA, mas as sessões obrigatórias têm lugar apenas uma vez a cada dois
meses, e a Maçonaria britânica, em seu todo muito conservadora e comprometida
com a crença em um deus revelado, está separada de uma sociedade cada vez mais
multicultural e cada vez menos religiosa. A ausência de debates sociais em
loja, o envelhecimento dos membros, a recusa absoluta das lojas mistas e a
quase ausência da maçonaria feminina completam um quadro pouco dinâmico que se
pode, com apenas alguns detalhes a mais ou a menos, transpor para a Austrália,
Nova Zelândia, África do Sul, Canadá e Israel, países onde a maçonaria ligada à
GLUI foi por muito tempo poderosa.
… e os liberais minoritários que progridem
Em última análise, com exceção da pequena Islândia, pais que tem a maior
proporção de maçons no mundo, é na França que a maçonaria inglesa seria mais
dinâmica. E não é sem interesse saber dos os esforços feitos pelas potências
francesas, incluindo o Grande Oriente da França principalmente (ver
quadro), mas também o Droit Humain, para se implantar e, se possível progredir
no Reino Unido (duas lojas do GODF, doze lojas do DH e uma loja do Grande Oriente da
Itália) e na Irlanda (três lodges do GODF). Note-se também que ao lado de
algumas lojas liberais localizadas em Nova York, é na Califórnia que as
esperanças de um renascimento da maçonaria americana são maiores, com uma loja
do GODF em San Francisco, mas também contatos esporádicos sob a cobertura de
simpósios históricos e em outros eventos entre a Grande Loja da Califórnia e o
GODF, bem como da Grande Loja Feminina de França e o Droit Humain. Observou-se
também, na década de 2000, a presença de representantes do GODF e da Grande
Loja de França, durante uma conferência maçônica por iniciativa da Grande Loja
de Minnesota. No entanto, por mais promissores que sejam, esses contatos não
foram acompanhados por nenhum acordo entre as potências e o horizonte de
reconhecimento ainda parece muito distante.
Fora a África Ocidental, tradicional território de potências francesas,
e em alguns países do sul da Europa (ver caixa), é hoje na América Latina que a
Maçonaria liberal mais se desenvolve. Tradicionalmente ligada à emancipação dos
povos da região através da memória de maçons ilustres que foram José Marti em
Cuba, Giuseppe Garibaldi no Uruguai e Simon Bolívar, o libertador do
subcontinente, a maçonaria liberal ali se desenvolve há bastante tempo uma
fraternidade matizada de cultura latina e secularismo. O México tem sido há
tempos a ponta de lança, enquanto que no Uruguai se encontra a loja mais antiga
da América do Sul filiada ao GODF. No Brasil, que tem uma infinidade de
potências, incluindo a tradição “egípcia”, a maçonaria é um bom exemplo de
diversidade, mas também de desunião, mas com um aumento acentuado de lojas do
Droit Humain. Por outro lado, na Argentina e, em menor medida, no Chile, onde
se encontra um Grande Oriente Latino-americano, a margem de progressão da
maçonaria liberal continua a ser considerável.
O mesmo se aplica ao Extremo Oriente, onde, além da Índia, que conta com
cerca de 20.000 maçons, maçonaria tanto “regular” quanto liberal nunca fez
sucesso. Provavelmente porque têm a sua própria abordagem simbólica, os
chineses, japoneses e Thais nunca estiveram realmente interessados em uma
maçonaria que, embora queira ser universal, baseia-se na mitologia bíblica, bem
como uma forma de pensamento, características e ferramentas simbólicas de
mentalidade ocidental. Falar de colunas do templo de Salomão a um chinês para
quem o mundo é circular ou de secularismo a um japonês, cuja identidade é
inseparável do culto xintoísta não faz sentido algum.
Resta o mundo árabe-muçulmano, onde algumas pessoas nutrem desde longo
tempo a esperança de restaurar a maçonaria à sua antiga glória para conter o
máximo possível o fanatismo religioso. Totalmente ausente da Argélia, a
Maçonaria existe na Tunísia com lojas filiadas ao GODF, cujos membros se reúnem
na discrição mais absoluta. Fora a notável exceção do Marrocos, onde quase
todas as potências liberais estão representadas, e o Líbano, onde se enreda uma
multiplicidade de potências cujo número de membros não excede, normalmente, dez
membros, a maior parte do mundo árabe e muçulmano também parece fechado para a
Maçonaria como ela é hoje, para o secularismo, para a emancipação das mulheres
e para a tolerância em relação à homossexualidade.
A cifra de sete milhões de maçons em todo o mundo, às vezes apresentada,
é certamente falsa. Sem dúvida, ela está realmente mais perto de dois milhões
de maçons ativos. E desse número, pouco mais do que três a quatro centenas de
milhares de irmãos e irmãs estão sinceramente comprometidos com a liberdade de
consciência, o respeito pelos outros na sua diversidade e convencidos de que
devem trabalhar tanto para a melhora do homem em seus aspectos morais quanto
materiais. É muito pouco. Mais uma razão, nestes tempos tenebrosos, pare que
cada um se ocupe em recuperar a sua luz sobre o mundo.
Quadros
A Aliança Maçônica Europeia. Um lobby maçônico em Bruxelas
Tradicionalmente, na Europa, os “regulares” estavam no Norte e os
liberais no sul. Esta realidade geográfica se cruza com outra história, que
deixou traços. Fora das maçonarias austríaca e alemã, predominantemente
“regulares”, são essencialmente os liberais que foram perseguidos por ditaduras
comunistas e fascistas. Assim, certamente, existe maior tradição de discrição
no sul da Europa. Depois de 1989, foi a corrida para o Leste para uns e para
outros. Quase trinta anos depois, se contarmos belas realizações nos Balcãs, a
presença maçônica na Rússia e na Europa Oriental ainda está em formação. Se as
maçonarias polonesa e húngara são bem constituídas, eles mostram coragem em
países cujos governos leem seu futuro no seu passado mais obscuro.
Fora seus dois pilares que são a França e a Bélgica, a Maçonaria liberal
é representada por potências nacionais ligadas principalmente ao Grande Oriente
de França e ao Droit Humain em cerca de quinze países europeus. Com exceção da
Sérvia, as potências liberais desses países *, a que se juntam a Turquia e o
Marrocos constituíram há dois anos a Aliança Maçônica Europeia que agrupa 22
potências. “Trata-se de representar junto às autoridades europeias uma força de
diálogo e proposta baseada no secularismo e nos valores de escuta e tolerância
da Maçonaria adogmática. Julgamos ser útil se fazer ouvir por meio de lobbies
junto a Bruxelas para não deixar este terreno às religiões e à extrema direita.
Atualmente, somos signatários da petição Wake Up Europe denunciando os abusos
do regime autoritário de Viktor Orban na Hungria. Não nos opomos à que os
“regulares” se juntem a nós, mas por enquanto eles estão ausentes neste
terreno”, explica Henri Sylvestre, Grande Secretário para os Assuntos Externos
do GODF, potência que, junto com o Grande Oriente da Bélgica e as federações do
Droit Humain estavam na origem desse projeto.
Contato
Aliança Maçônica Europeia, 75 rue de Laeken, 1000 Bruxelas secretariat@ame-ema.eu
* Áustria, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Hungria, Luxemburgo,
Marrocos, Holanda, Polônia, Portugal, Romênia, Eslovênia, Suíça, Turquia.
Inglaterra. Quando os franceses desembarcam …
Terra de Missão, ou terra simplesmente incógnita para os franceses de
tradição adogmática, o Reino Unido tem alguns poucos passageiros (quase)
clandestinos, seguidores de uma maçonaria aberta de rito francês, trabalhando
em Inglês, e que até defende as lojas mistas. Chocante!
Em 2010, Philippe Bodhuin, de Calais era conselheiro da ordem do GODF e
membro da Loja Hiram, única loja francesa trabalhando em francês em Londres por
mais de cem anos. “Esta situação não era absolutamente satisfatória. A ideia
nos ocorreu de criar uma loja trabalhando em Inglês, de modo a não limitar o
recrutamento aos expatriados”. Isso foi feito em 2010, quando foram criadas as
R.L “Freedom of Conscience” – Liberdade de Consciência – que se reúne em um
templo do Droit Humain, já presente no Reino Unido. A partir de um núcleo de 26
membros originários da Loja Hiram, esta nova loja procedeu então a uma dúzia de
iniciações, incluindo dois ingleses. O que é mais um feito que, de acordo com
Philippe Bodhuin que é o atual venerável, “Recebemos regularmente membros da
GLUI que não assinam o livro de presença, mas estão muito interessados em
nossos trabalhos com os ritos francês e Inglês. Eles ainda descobrem uma
maçonaria ativa na qual é possível não acreditar em deus ou na imortalidade da
alma, crença obrigatória em lojas inglesas, embora muitos de seus membros não
acredito nisso. ”
Quanto às lojas mistas, está programado assim que a oportunidade surgir.
Além disso, o fato de estar em Londres é de interesse para esta loja, para
misturar-se a uma população cosmopolita atraída pela maçonaria, mas que
ignorava tudo sobre a maçonaria de rito francês. O que já permitiu estabeleceu
contactos com maçons de Malta e criar três lojas na República da Irlanda.
Publicado em 17 de maio de 2016, por:
Nenhum comentário:
Postar um comentário